NATAL PRESS

Voltamos ao tempo da escravidão. O governo acaba de firmar acordo, com interveniência da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e Cuba, no sentido de serem enviados para cá 4.000 supostos médicos cubanos. O Brasil pagará dez mil reais por cada um deles. Vai entregar o dinheiro à OPAS que, por sua vez, o entregará à Cuba. Esta pagará aos supostos médicos uma importância não estabelecida no acordo. Lá, informa-se, eles ganham vinte dólares por mês. Ficarão em locais pré-determinados, e dele não se podem mover. Pelo menos é o que se escuta na TV e se lê nos jornais. Portanto, voltamos ao tempo da escravidão e, pior, terceirizada. Duas coisas que os nossos sindicatos de trabalhadores, com razão, vêm combatendo há muito. Vamos ver o que dirão os defensores dos direitos humanos. E o Ministério Público.

O outro aspecto incrível desse acordo é que esses médicos não farão exames de revalidação. Passarão, segundo parece, por uma rápida análise em algumas universidades, onde se pretende ensinar português, e irão diretamente para o trabalho. Ninguém sabe de sua capacidade profissional, que atendimento prestarão, e se realmente contribuirão para a saúde do povo. E como se entenderão com esse povo. Uma coisa é certa. Só virão para cá os apadrinhados do regime, com toda a feitura para agirem como prosélitos do sistema, pois os dissidentes não terão qualquer chance de aqui aportarem. E não se podem rebelar, pois suas famílias continuam em Cuba.

Podem pagar um preço alto.

Este governo do PT, apoiado por quase todos os partidos, obviamente comprados com cargos e benesses, está de mal a pior, totalmente perdido. Para onde se olha, o descalabro. A economia em frangalhos. Basta olhar o preço do dólar e a queda da Bolsa, da produção industrial, das contas externas, do desemprego que começa a aumentar e da inflação que ressurge. Insatisfação nas ruas. Saúde, educação, mobilidade urbana, corrupção, desmandos e malfeitos abundam. As soluções são engodos, como os desses supostos médicos.

Aparecem protestos das entidades médicas. É de supor que agirão com mais firmeza, e usarão os meios legais ao seu dispor para buscar o cancelamento desse acordo espúrio. E é de se acreditar que contarão com o respaldo da Justiça, que não pode se coadunar com tamanho despautério. É esperar para ver.



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