Eu creio que seja a justiça
O respeito a igualdade
Simetria, equidade
Conformidade, retidão
Onde todo cidadão
Tem deveres e direitos
Pois todos estão sujeitos
As garantias legais
Perante a lei são iguais
Segundo os seus preceitos
Nas relações sociais
Justiça é legalidade
A constante e firme vontade
De dá aos outros o que é devido
O assim tem evoluído
Combate-se a usurpação
Não admite-se a exclusão
Persegue-se o cumprimento
Busca-se a cada momento
A sua justa aplicação
A justiça não existe
Onde não há a liberdade
Onde não habita a verdade
Onde reina a transgressão
Caminham na mesma mão
O direito e o dever
O equilíbrio, o velho, o novo
Justiça é a alma de um povo
E objetiva o bem viver
Cabe a cada cidadão
Um papel primordial
Eficiente e essencial
Promover a proteção
Da nossa constituição
Proteger a sociedade
Fortalecer na verdade
De maneira democrática
Em atitude enfática
Com argúcia e acuidade
Cumprindo os seus deveres
Exigindo os seus direitos
Usufruindo os efeitos
De uma justa sociedade
Vivendo na coletividade
Como um íntegro cidadão
Recebendo, dando a mão
Plantando para colher
Isto é saber viver
E ser justo de coração
Tem gente que não se apercebe
Da beleza do viver
De que quanto maior o poder
Mais perigoso é o abuso
E segue fazendo uso
Da autoridade que tem
Diz-se homem de bem
Não admite estar errado
Com um egocentrismo exacerbado
De si próprio é refém
Acha-se um ser superior
É desprovido de humildade
Por ser uma autoridade
Abusa do privilégio
Cometendo sacrilégio
Com absoluta frieza
Ele age com esperteza
Ele só trata bem os seus
Ele não se acha um Deus
Ele tem toda certeza. (Celso Cruz)