NATAL PRESS

O programa 'Mais Médicos', anunciado pelo governo, quer ampliar a oferta de atenção básica à população, com atendimentos de urgência, emergência e consultas de clínica médica.

Essa medida é muito bem-vinda para suprir as deficiências do sistema público de saúde, mas de antemão enfrenta dificuldades na sua implementação por causa da indisponibilidade de médicos brasileiros em atender às demandas interiorizadas Brasil afora.

Os profissionais resistem à interiorização pelas precárias ou inadequadas condições de trabalho, e pelo receio de virem a ser responsabilizados por algum eventual incidente que leve pacientes à óbito ou sequelas graves.

Não faltam médicos em nosso país, atualmente são graduados cerca de 18 mil novos médicos, no Brasil, a cada ano.

A saúde pública é muito complexa, e é evidente que somente a presença de mais médicos não irá solucionar todos os problemas.

Fosse assim, nas capitais do Sudeste tudo estaria funcionando com padrão FIFA, e sabemos que não é assim.

Ninguém é contra a oferta de mais médicos para a população, independentemente do questionamento sobre a origem dessa mão de obra. Mas, é preciso ir além disso.
É fundamental assegurar 10% da receita da União para investimentos e melhorar o modelo de gestão dos recursos do setor, incluindo a desburocratização e o controle visando aumentar a resolutividade e a eficácia da logística de todos os serviços de saúde.



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