rayane guedes

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O Sindicato das Empresas de Segurança Privada e Transporte de Valores (Sindesp/RN) participou nesta sexta-feira (03) de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que debateu a integridade física dos vigilantes de empresa privada. No evento, o sindicato foi representado pelo vice-presidente da Fenavist, Edmilson Pereira, que apresentou um relatório da categoria para embasar uma atualização da atual legislação.

“A segurança do vigilante é uma preocupação constante para o empresário e para o sindicato, tanto que a Fenavist criou uma comissão especial para montar um relatório com sugestões de mudanças para aumentar a segurança do nosso profissional”, registrou o vice-presidente. O documento foi elaborado em parceria com diversas instituição e o relatório final foi divulgado no mês de maio. O texto será agora enviado à Polícia Federal e ao Congresso para atualização da Lei Nº 7.102, de junho de 1983 que trata do assunto.

De acordo com dados da Comissão Independente para Assuntos de Segurança Privada (Ciasp), em 2015 foram registrados, no Rio Grande do Norte, 86 atentos contra vigilantes, sendo 3 deles com vítimas fatais. Em 2016, já foram 34 atentos com 1 vigilante morto.

Para o representante das empresas de segurança privada, as soluções para o problema são práticas. “Entre as sugestões, por exemplo, levantamos que os bancos deveriam dispor de vidros blindados em sua área externa. Outro ponto sugere a questão da segurança eletrônica em órgãos públicos, é uma solução viável e prática e que precisa ser discutida”, explicou.

A segurança pública também foi lembrada durante a audiência. Para o procurador do trabalho Luis Fabiano, o exercício da profissão de segurança privada coloca o vigilante na linha de frente da fatal de segurança pública. “O problema maior é, claro, a segurança pública. O que percebemos é que a insuficiência de uma política desse tipo tem resultado nessa situação de vulnerabilidade. Situação essa que em geral e em especial os vigilantes sofrem mais que os demais por que cobrem esse espaço vazio no exercício da segunda privada”, registrou.

Participaram ainda da audiência o deputado federal Rafael Motta, o vereador Sandro Pimentel e o presidente do Ciasp Alexandre Bispo. Além dos presentes foram convidados, mas não compareceram, representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal.