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O diagnóstico de câncer impõe forte impacto na vida de crianças e adolescentes. O que faz com que eles mereçam atenção não só às necessidades físicas, mas principalmente psicológicas e sociais. Mudanças de hábitos, imposição de restrições, isolamento de parentes e amigos, além do medo e preocupação com o tratamento, faz com que a adaptação à nova rotina cause demasiada insegurança e inquietação, o que exige do profissional de educação hospitalar, acolher e acompanhar esse aluno, ofertando uma prática de ensino flexível e também adaptada para atender a demanda apresentada por eles.

Em se tratando do adoecer, o medo, às incertezas são ainda mais evidentes com as mudanças ocasionadas pelo diagnóstico de câncer e tratamento ao qual eles são submetidos. E restabelecer uma rotina de estudos é algo que causa resistência e inúmeros questionamentos por parte deles.

A Constituição Federal (88) nos diz que “a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família”, e dar continuidade ao processo de escolarização ao aluno hospitalizado é um direito garantido pela Lei 13.716/18 que “altera a Lei nº 9.394/96, para assegurar atendimento educacional ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde, em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado”. Para garantia desse direito, foram criadas as classes hospitalar e domiciliar que funcionam dentro do hospital e na Casa de Apoio, respectivamente.

A Casa Durval Paiva é contemplada com as duas modalidades de classe, oferecendo um serviço escolar de acompanhamento individualizado às crianças e adolescentes afastados da escola em função do tratamento médico, com professoras vinculadas a rede estadual de ensino em parceria com a Secretaria Estadual de Educação do RN. Através delas, possibilita o acompanhamento escolar dos pacientes, com a importante participação da escola regular, quando envia material (conteúdos e avaliações) visando estabelecer uma rotina de estudos, determinante para manter o processo de aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, estimulando-os a não desistir.

Diante do serviço educacional desenvolvido, é possível promover uma transformação significativa na vida de todos os sujeitos assistidos, pois observa-se em cada aluno, um cidadão que tem direitos e deveres a serem assegurados. Nesse sentido, dar continuidade ao processo educacional das crianças e, principalmente, dos adolescentes, favorece a inclusão deles através da retomada de uma rotina em que possam se desenvolver cognitivamente e socialmente.

 

*Sandra Fernandes da Costa

Coordenadora Pedagógica

Casa Durval Paiva



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