NATAL PRESS

 

Por Juliana Holanda

“Usar repelente, não acumular lixo e tampar vasilhas com água”. Os ensinamentos fazem parte das campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Mas, desta vez, foram ditas por um garoto de seis anos de idade, aluno do 1º ano da Escola Estadual Isabel Oscarlina Marques, localizada na cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte.

A turma do 1º ano foi uma das que receberam o projeto de extensão Controle do Aedes aegypti através de ações educativas em saúde, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí (Facisa) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

A iniciativa da Facisa utiliza práticas de educação e de saúde para intensificar o enfrentamento ao mosquito transmissor da dengue, do vírus da zika, da chikungunya e da febre amarela no município de Santa Cruz. “Em anos anteriores, a cidade apresentou altos índices de doenças causadas pelo mosquito”, explica o professor da Facisa e coordenador do projeto Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Silva.

Para auxiliar a luta da comunidade contra o Aedes aegypti, professores e alunos da Facisa estão há um ano trabalhando com um público amplo, que inclui crianças de cinco anos de idade a adultos. “O foco é o combate ao mosquito. O que muda é a forma como transmitimos o tema, adaptando as informações às diferentes faixas etárias”, explica Dany Kramer.

“Queremos ampliar o atendimento à população. O combate ao mosquito Aedes aegypti precisa ser constante e amplo”, afirma o coordenador do projeto Dany Kramer

 

Na Escola Estadual Isabel Oscarlina Marques, por exemplo, os alunos do 1º ano passaram uma manhã  se divertindo com teatro de bonecos, jogos e brincadeiras. Ferramentas encontradas pela equipe da Facisa para ensinar as crianças sobre as formas de combate ao mosquito Aedes aegypti e sobre as doenças transmitidas por ele.

O professor da turma, Francisco Ivanilson da Costa Confessor, acredita que a ação da Facisa ultrapassa a sala de aula e tem alcance em toda a comunidade. “Nessa idade, as crianças dividem tudo com os pais e ajudam a disseminar a importância de combater o mosquito”, destaca.

Uma das voluntárias do projeto, a aluna de Fisioterapia da Facisa Elissa Stephanie de Oliveira Torres defende que a educação permanente em saúde e o aprendizado participativo são essenciais para erradicar o mosquito da região. “As atividades precisam acontecer o ano todo e incluir o maior número possível de pessoas para ter um efeito mais significativo”, enfatiza.

A estudante de Nutrição Rosiane Leite dos Santos Soares, também voluntária do projeto, destaca a importância do trabalho para a saúde da população. “Muitas pessoas da região tiveram alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti e por isso têm muito interesse em ajudar. A Facisa está cumprindo um importante papel social ao contribuir com a educação da comunidade”,  ressalta.

O coordenador do projeto garante que as ações de extensão vão continuar enquanto a saúde dos moradores de Santa Cruz estiver em risco. “Queremos ampliar o atendimento à população. O combate ao mosquito Aedes aegypti  precisa ser constante e amplo”, afirma Dany Kramer.



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