Abastecida por água de poços artesanais construídos pelos próprios moradores e sem nenhum tipo de tratamento contra microrganismos nocivos à saúde humana, a comunidade do Cavaco Chinês, no bairro de Lagoa Azul, recebeu ação de prevenção e combate às doenças de veiculação hídrica desenvolvida pelo Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS-SMS).  

Durante a ação, os técnicos da Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (Visamt) visitaram as residências com o objetivo de sensibilizar e orientar os moradores sobre as formas de prevenção à essas doenças, que podem levar o indivíduo à morte, e distribuir frascos de hipoclorito de sódio, desinfetante usado para purificar a água.  

Segundo a coordenadora do Vigieduca, Solange Cruz, a falta de água tratada na comunidade pode favorecer o aumento de doenças causadas pelo consumo de água contaminada entre seus residentes, já que esta não é abastecida pela Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e não possui rede de esgotamento sanitário.

“Nosso objetivo foi disponibilizar aos moradores a possibilidade de tratar a água que eles irão consumir e que vem de poços construídos por eles mesmos, uma vez que o Cavaco Chinês não possui rede de esgoto e nem água tratada pela Caern. É um trabalho de educação e prevenção à doenças evitáveis”.

Para o chefe da Visamt, Marcílio Xavier, o trabalho desenvolvido é extremamente relevante para a redução do aparecimento de doenças entre os residentes. “A maioria dos poços está em desconformidade com os critérios de qualidade e potabilidade determinados pelo Ministério da Saúde. E o hipoclorito elimina microrganismos patogênicos como coliformes fecais e a bactéria Escherichia coli”.