NATAL PRESS

Peço-te perdão pelo desejo.
Vi um rio de sensualidade. Descia de teus olhos.
E suavemente ia ao estuário de tuas coxas.
Os teus pés brotavam flores no chão onde pisavas.
A tua boca guardava o nosso silêncio.
Peço-te, também, a esperança. Um cais. Um porto.
E quando chegares, volverás aos meus dias a alegria
De tantas noites tecendo o tempo e fiando as ilusões.
Se me indagares onde deixei a minha solidão enquanto te esperei,
Dir-te-ei: Éramos um. A soma do meu sonho à tua doce imagem.



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