NATAL PRESS

Isso aconteceu mesmo!

Era um domingo como outro qualquer e fui para o Clube de Engenharia assistir ao jogo Flamengo X Corinthians, na espera de uma vitória do rubro-negro. Cheguei e fiquei numa mesa na qual estavam, entre outros, Léo Sodré, Wilson Cardoso ,à época presidente do Clube, Mário Galvão e Josué Teixeira.

Estava sem beber e não precisa dizer o quanto o papo foi ficando chato. Ex- biriteiro é assim. Exigente nas conversas. Bem, como o jogo só começaria às 18h, resolvi dar uma navegada na net, pra ver o que estava acontecendo, consultar e-mails, redes sociais, esses babados. Acontece que, ao sair do computador, deixei aberta, num grave vacilo, minha página do Facebook.

Vocês não imaginam o que me aconteceu por este erro.

Léo Sodré, como sempre brincalhão, percebeu o descuido e, fazendo-se passar por mim, postou um novo perfil para este inocente usuário. Neste novo Minervino, constava que eu “Tinha assumido minha preferência sexual e ia sair do armário.”

Até aí, sem saber de nada, assisti ao jogo e, depois, fui ao Kopenhagen do Midway Mall encontrar a namorada que demonstrara, pelos momentos vividos, estar apaixonada. Assim como eu, confesso. 

Ao chegar, estranhei sua frieza quando me sentei ao seu lado. Recusou um carinhoso beijo e inventou uma esfarrapada desculpa para ir embora. “Que porra é essa?”, pensei. Ora, tínhamos combinado de ir jantar num motel, do mesmo jeito como tinha sido no domingo passado. Eu tinha gostado muito do slogan COMA DUAS E PAGUE UMA. Não comi nada, paguei o café e fiquei com aquela cara de idiota frustrado e fui pra casa.

Convenhamos: domingo à noite, sozinho em casa, é de lascar. Fui direto para o computador me distrair e pensar sobre a atitude da minha - ainda - amada.

Amigos, quando abri o facebook fiquei pasmo, desorientado, e com saudades de mamãe. Também pudera! Tinha um monte de mensagens de homens (?) me elogiando e me fazendo convites nada agradáveis, tipo “Parabéns por sua coragem”, ou “Unidas jamais seremos vencidas” e outras desse naipe. Mas, o que me deixou boquiaberto foi o fato de que algumas mensagens vinham de conhecidos meus que eu julgava serem machos até a alma. Tudo querendo marcar encontro, convidando para festas “alegres”, etc.

Foi aí que me deu o estalo. Lembrei-me do Clube e de que tinha saído abruptamente do computador e não havia fechado todas as páginas. Quando vi, o estrago estava feito. Tive que refazer o perfil, responder aos e-mails relatando o fato e jurando que jamais contaria a ninguém os emissores e seus respectivos teores.

Ficou chato pra caramba isso. Até hoje, quando passo por um “daqueles”, vejo em seus olhares a pergunta: “Arrependeu-se?”. A namorada só voltou pra mim depois que Léo confessou de joelhos a ela o que tinha feito e eu, à custa de um Cialis, tive que provar, várias vezes numa mesma noite,  que gostava da fruta.

Fica o conselho: ao sair de um computador, deixe tudo fechado, sob a pena de passar o que passei. Principalmente se Léo estiver por perto. Você corre o risco de receber uma mensagem dele. (MW)



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