Não é tua sombra. Nesta eu sentiria a calma.
Não é tua voz. Esta seria meu acalanto habitual.
Não é tua pele. O teu cheiro me devolveria a vida.
Não é teu olhar. Este me traria os castelos de ontem.
Não é teu corpo. Este estaria no horizonte possível.
Extasia-me a tua sutileza quando me dás o bálsamo
Da sombra, a cantiga do tempo da gente, o tesouro
De tuas mãos macias em prece. E me olhas lentamente
Com a âncora deste mar azulado me pedindo porto.