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Caminha devagar a noite sobre a rua deserta.
A ausência se abandona nas janelas fechadas.
Dobra na esquina o lamento da sobra do vento.
A cidade, lentamente, no seu sono, se acalma.
Nessa hora, o amanhã comigo vem conversar.
Oferece-me, a sua mão, um cálice do passado.
Nele, os erros diluídos nas lágrimas do tempo.
Não demoramos. E logo se vê novo caminho.
Somos nós dois, amada, sem nenhum fardo
Cantando para sempre a ventura da gente.