Pragmáticos, pensarosos, pedimos
Precisamos, prioritariamente, pensar
Positivamente processar
Progressivos, positivos pensamentos
Para o povo, promover o provimento
Preterindo portanto plutocracia
Por isso propor primazia
Propondo planos políticos progressistas
Para poetas, políticos e pacifistas
Pois esse povo quer paz e quer poesia
Prefiro pensar por prazer
Que parafrasear pensadores
Perdoe-me plagiadores
Políticos populistas
Pseudos progressistas
Patifes que o povo premia
Privem-nos da patifaria
Poupe-nos pedimos em pranto
Prometam, protejam, portanto
A paz, o povo e a poesia. (Celso Cruz)
Como vou fazer poesia
Se me falta inspiração
Não ouço o coração
Sinto meu peito vazio
Meu pensamento vadio
Teima trilhar outro caminho
Bebo uma taça de vinho
Tentado ouvir o meu eu
Mas ele emudeceu
Fiquei falando sozinho
Como se estivesse surdo
Não ouço meus pensamentos
São frios meus sentimentos
Gélido o meu coração
Não concentro a atenção
Pois nem sei o que eu quero
Mas eu não me desespero
Tento viver cada momento
Com o cérebro sempre atento
Em tentativas me esmero
Depois do não que me deram
Emudeceu meu coração
Levitei, fiquei sem chão
Quase que eu enlouqueço
Já não me reconheço
Estou aéreo, sem vontade
Reputo como maldade
Pois o meu eu me roubaram
Vivo com o que me deixaram
A solidão e a saudade.
É tempo de renascer
Dê novo rumo a sua vida
Sem pressa, pra que corrida?
Apenas um caminhar
Tenha mais brilho no olhar
Pras coisas da natureza
Esbanje da gentileza
Com um sorriso escancarado
E de alegria abarrotado
Dê uma vaia na tristeza
Dez minutos todo dia
Tire e use para o nada
Com a mente desocupada
Em silêncio permaneça
No seu eu mergulhe e cresça
Fazendo reflexão
E com a força da razão
Tente energizar seu ser
Para que sempre em seu viver
Ouça o seu coração
Cuide do seu espírito
Tente ser mais autêntico
Boa música é o alimento
Que mais faz bem para a alma
O corpo aquece, a mente acalma
As coisas voltam pro lugar
Queira viver, curtir, brincar
Dê mais amor, mais alegria
Transforme seu dia a dia
Seja banal, sem ser vulgar
Levante-se todo dia
Com um propósito em mente
E aí seja persistente
Faça tudo pra alcançar
E assim realizar
Os seus sonhos de verdade
Dispa-se da vaidade
E mesmo contra a maré
Brade com força e fé
Viva, viva a liberdade!
Impinja aos seus gestos
Mais calor, mais energia
Entusiasmo, empatia
Mais verdade, mais amor
Dando mais vida, mais cor
Mais verdade em sua vida
Dê abraços de acolhida
Ao companheiro, ao irmão
Acolha com o coração
Ofereça o ombro amigo
Sempre tenha como meta
Um hoje melhor que ontem
Mesmo que os erros apontem
Para um outro resultado
Siga sempre abnegado
Cabeça erguida, altivo
O erro é educativo
Não pode lhe arrefecer
Se fizer por merecer
Conquistarás o objetivo
Agradeça todo dia
Pela natureza bela
E por fazer parte dela
Por ser também um dos seus
Por um capricho de Deus
Poder também recomeçar
Ser livre no seu pensar
Amante da liberdade
Agradeça de verdade
Por ser amado e amar.
Prometa para si mesmo
que tirarás os pés do chão
Até fugirás da razão
Quando se sentir feliz
Se o seu coração diz
Vá…pode voar!
Dê forças ao seu sonhar
Aproveitando o ensejo
Realize o seu desejo
Mas não esqueça de voltar
Queira aprender mais com a vida
Ouvir mais e falar menos
Queira dias mais amenos
E goste mais de você
Nunca se deixe a mercê
E se estiveres sozinho
Voe como um passarinho
Cuide da mãe natureza
Valorize sempre a beleza
Do aconchego do ninho.
Eu vi, eu juro que vi
Mas eu sei que era um sonho
Eu tive um medo medonho
Dado ao tamanho escarcéu
Era uma festa no céu
Eram harpas arpejando
Anjos alegres cantando
Era um clima festivo
Era um receptivo
Pra alguém que estava chegando
Curioso eu perguntei
Para quem tamanha festa
Tanta alegria atesta
Ser alguém de muita importância
Soou como dissonância
Olharam em minha direção
E só uma explicação
Veio-me naquele momento
Era um agradecimento
A alguém de bom coração
Alguém que levou a vida
A ensinar o que sabia
Aliando a música a poesia
Numa vida sem lamento
Sendo o seu instrumento
O seu corpo em extensão
E com abnegação
Um mestre da humildade
Um amante da verdade
Por isto a recepção
Meu coração e minha alma
Sussurraram-me em dueto
É pra Manoca Barreto
Que foi promovido a anjo
E por ordem do Arcanjo
E do Deus onipotente
Este ser surpreendente
Pra quem todos tiram o chapéu
É da orquestra do céu
O seu mais novo regente.
O meu presente é o presente
Que passa a cada instante
Motiva-me seguir avante
Ser dono do meu nariz
A idade de ser feliz
É o aqui e o agora
A cada instante a toda hora
Persigo o bem viver
Eu nunca vou padecer
Do medo de ir embora
Todo prazer me diverte
O que eu quero é ser feliz
Sou um eterno aprendiz
Das acontecencias da vida
Não me prendi a medida
Vesti-me de todas as cores
Experimentei todos os sabores
Que a vida me apresentou
O meu coração se entregou
A todos os meus amores
Crio e recrio a vida
Buscando a felicidade
Não me ligo na idade
Nem lamento o que passou
Não me interessa aonde vou
Nem onde poderia estar
Me ligo no verbo amar
Sou um ser atemporal
Nada pra mim é casual
Deixo a vida me levar.
É o desdém uma chaga
De quem se presume superior
É o preconceito de cor
Doença de educação
Mas, a grande deformação
Vem a ser a arrogância
Sem nenhuma relevância
Fere a ética e a moral
Se uma coisa me faz mal
São arroubos de petulância
Não confunda a arrogância
Com força ou determinação
Desagua na solidão
Quem sempre assim procede
E nunca se apercebe
E segue sendo arrogante
Sem saber ser tolerante
Torna-se um rei sem coroa
Com más ações seu eu povoa
E tropeça mais adiante
Algo por demais abrasivo
Para ser assimilado
Por isso muito cuidado
Acolha seu semelhante
Como um igual siga avante
Reveja suas ações
Nós temos limitações
Defeito e qualidade
Quem planta a humildade
Sempre colhe afeições.
Prefiro o espelho interno
Onde o meu eu é refletido
Onde não sou abduzido
Onde eu sou o que sou
É nele que sempre vou
Aquilatar o meu viver
Aonde busco o saber
Que eu ponho em cada ação
Onde abasteço o coração
Com o rejuvenescer
Não curto o espelho externo
Forjado pelo martelo
Pois ele reflete o belo
Dos acordos sociais
Ele esconde os lamaçais
O caráter não é mostrado
É sempre manipulado
Pra se enxergar o que se quer
O que ele depuser
Estará sempre inacabado
Qual a beleza dos pés
Senão o rumo que é tomado
É no que foi caminhado
Que enxergamos a grandeza
O conceito de beleza
Rico em subjetividade
Não dá credibilidade
Para um relacionamento
Ele retrata um momento
Mas nunca espelha a verdade
Sopesado com a razão
Prefiro o espelho do olhar
Ele consegue retratar
Com a clareza de uma tela
É da alma sua janela
E denota com acepção
Uma completa revelação
Do que no ser está contido
O seu brilho é o colorido
Reflexo de um coração.
Aconteceu com um amigo
Na capital federal
Um fato bem curioso
Veio a fugir do normal
Pois aumentou em muito o custo
De um pretenso bacanal
Contratou ele os serviços
De uma profissional
Até falou a amigos
Ela é sensacional!
Aguardou no apartamento
Até aí, tudo normal.
Tomou logo um viagra
Com uma certa antecedência
Pra fazer a “coisa certa”
E demonstrar competência
E foi assim construindo
O seu ato de demência
Começou a suar forte
Quando a menina chegou.
Eu sou “fulano de tal”
Ele se apresentou
Pode entrar! Fique a vontade...
E logo a porta fechou.
E foi aí que o viagra
Veio a se manisfestar
Esquentou logo as orelhas
Nervoso, pôs-se a suar
Resolveu tomar um banho
E pôr as coisas no lugar
Nervoso, muito agitado
No banho ele demorou
Quando saiu, a surprêsa...
O frigobar ela “zerou”
Veio a consumir tudo!
Nem camisinha ficou
Pois era sabor morango
Ela rasgou e chupou
Diante do desencanto
Não deu outra, ele broxou.
Desencantado, raivoso
Foi somar seu prejuízo
Quando ele me contou
Não pude conter o riso
Coitado... Nosso colega
Além de broxado liso.
Desconectado do meu eu
Abandonei a razão
Dei férias ao coração
Ao Deus dará me entreguei
Ao mundo me incorporei
Buscando um entendimento
Fui viver cada momento
Como se fosse um andarilho
Como um trem fora do trilho
Larguei-me à força do vento
E assim como uma folha seca
Sem leme, sem direção
Sem ouvir o coração
Que teimava em me falar
Mas não ia adiantar
Nele eu não mais acreditava
Atônito eu caminhava
Me maldizendo da vida
E aos efeitos da bebida
Com força eu me entregava
Não conseguia entender
As razões do coração
Daí a minha aflição
Daí o meu sofrimento
De repente o pensamento
Volta-se para o passado
Quem sempre esteve ao meu lado
Eu estava ignorando
Era eu quem estava errando
Em não tê-lo perdoado
Quando de um momento sóbrio
Buscando afirmação
As pazes com o coração
Eu resolvi proceder
E assim buscando entender
Pra evitar novo tropeço
E não mais pagar o preço
No meu eu , eu mergulhei
E mais uma chance lhe dei
Ele manda e eu obedeço.
Muita conversa é bobagem
Falácia, sofisma, balela
Mas mesmo assim com cautela
Eu não me nego a ouvir
Sempre eu deixo prosseguir
Para não ser arredio
As vezes até concilio
Levo na paz, no amor
É alto o som do tambor
Mas por dentro ele é vazio
Quer compensar na conversa
A falta de conhecimento
Impõe a cada momento
Eleva o tom da voz
Da paciência é o algoz
Se posso, me distancio
Chato me dá arrepio
É um ser perturbador
É alto o som do tambor
Mas por dentro ele é vazio
Só ele sabe das coisas
Só ele que é o certo
Ele é sempre o mais correto
Nunca perde pra ninguém
Diz possuir o que não tem
Só ele é forte e sadio
Pra pagar é escorregadio
Mas é um bom cobrador
É alto o som do tambor
Mas por dentro ele é vazio.
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