Mas um feliz acordar
Aqui na Serra da Rajada
Só o silêncio faz zuada
Mexendo no inconsciente
O passado se faz presente
Mostrando sua importância
No café sinto a fragrância
Das lembranças do passado
O meu eu fica inundado
De lembranças da infância
O sol surge sorrateiro
Pássaros cantam em sinfonia
O gado muge em harmonia
Com o som de seus chocalhos
Minha mente faz atalhos
Entre o passado e o presente
Hoje fruto, ontem semente
Minha alma sente-se acolhida
Mostrando que lá fora a vida
É dessa vida decorrente
E nisso um “bença vovô”
Traz-me pra realidade
Percebo a felicidade
Albergada em nosso ninho
No cantar do passarinho
Na imensurável grandeza
Dos braços da natureza
Que acalanta e faz vigília
Na minha amada família
Minha infinita riqueza. (Celso Cruz)