Com o auditório lotado de pesquisadores em enfermagem de todos os Estados Brasileiros iniciou, na manhã de ontem(03/06), no Praiamar Hotel, em Natal/RN, o 17º Seminário Nacional de Pesquisa em Enfermagem – SENPE. O 17º SENPE é o mais importante evento científico temático, no Brasil, que discute a pesquisa da Enfermagem. O evento acontece entre os dias 3 e 5 de junho reunindo mais de 1.000 profissionais e cerca de 1300 trabalhos científicos. É voltado para um público que tem desenvolvido sua prática profissional nos campos da pesquisa, da docência ou assistência; estudantes de iniciação cientifica, estudantes de pós-graduação e estudantes dos cursos de graduação.

Nessa edição o evento trouxe como central “O clássico e o emergente : desafios da pesquisa em enfermagem”, orientado por três eixos temáticos: - Os desafios da ética e bioética na produção do conhecimento em enfermagem; - Questões antigas e novas da pesquisa em enfermagem; - O quê e para quê pesquisar: limites e possibilidades das linhas e grupos de pesquisa em enfermagem.

A solenidade de abertura que aconteceu na manhã de ontem (03) e contou com a presença da Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), Ivone Evangelista Cabral, da Presidente da ABEn - Seção RN, Maria Coeli Azevedo, da presidente do Coren-RN, Enfª Alzirene Nunes de Carvalho, e demais autoridades da enfermagem brasileira.

Os crescentes avanços da enfermagem na área da pesquisa, na última década,foram destacados, pela Dra. Denise Cristina de Oliveira, coordenadora de Enfermagem no CNPQ na solenidade de abertura: “Há cerca de 12 anos eram 264 projetos de enfermagem inscritos no CNPQ e hoje já são 630 projetos em andamento. Como pode ser observado é um expressivo crescimento. Hoje podemos afirmar que a enfermagem brasileira está no espaço das ciências, tecnologia e inovação.”, expôs a coordenadora.

Para Dra. Ivone Evangelista Cabral, o evento traz a tona a responsabilidade social da enfermagem e a relevância da pesquisa da enfermagem na formulação das políticas de saúde pública que visem o bem estar social e a melhoria da qualidade da assistência em saúde e do cuidado de enfermagem. Lembrou que o principal desafio da pesquisa em enfermagem é unir quantidade e qualidade. "A enfermagem já soma 1800 mil profissionais no Brasil e nós já temos pesquisadores de qualidade. Hoje percebemos um grande incentivo à produção científica, mas precisamos fazer com que nossos pesquisadores atuem como pesquisadores sociais, construindo a pesquisa como ação promotora de saúde".

O evento prossegue nessa terça-feira(04), com Mesas Redondas, Cursos, Fóruns e Painéis Temáticos que tratarão de temas como “Responsabilidade social na pesquisa e impacto na produção de conhecimento”, “Violência como problema de pesquisa em saúde e Enfermagem”, Panorama da Educação em Enfermagem”, entre outros.

Hanseníase

Nessa terça-feira um dos destaques da programação é a realização de curso de Monitoramento e avaliação das ações do controle a Hanseníase viabilizado através do convênio FNS/MS nº 0749148/2010 com o apoio da MORHAN (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase). O curso é voltado para docentes de curso de graduação e profissionalizante de enfermagem, estudantes e enfermeiros assistenciais.